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Avanço nas relações diplomáticas

Tóquio – O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, defendeu ontem um reforço das relações com a China, depois que Pequim anunciou uma visita ao arquipélago, confirmando assim uma melhora dos vínculos diplomáticos entre os dois países. "Melhoramos nossas relações bilaterais graças a discussões entre os dirigentes de nossos países", afirmou Abe, em discurso no Parlamento. "Queremos estabelecer relações estratégicas recíprocas com a China pelo bem de nossos países", acrescentou Abe, cuja atitude respeitosa em relação ao gigante asiático o diferencia de seu antecessor, Junichiro Koizumi.

O discurso ocorre em pleno processo de degelo das relações diplomáticas entre as duas principais potências do sudeste asiático. As relações entre os dois países passaram por sua maior crise nos últimos anos. A China, porém, tem sido a prioridade de Abe desde que chegou ao poder.

Tóquio – O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou ontem diante do Parlamento que chegou o momento de o país fazer uma profunda revisão do regime imposto pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial (1939–1945), incluindo a Constituição pacifista japonesa. Abe reafirmou sua sede de reformas durante discurso na abertura das sessões da Dieta (Parlamento), o que tradicionalmente marca as principais linhas políticas do chefe de governo do Japão para o novo ano. "É o momento de revisar a fundo o regime do pós-guerra e de voltar ao ponto de partida" a fim de "desenhar uma nova imagem nacional", afirmou o premier.

O Japão do século 21, para seu atual governante, deve ter um papel de maior destaque internacional, fortes laços com os EUA e ser "uma nação modelo para o mundo".

"É minha missão desenhar uma nova imagem nacional que possa fazer frente aos desafios dos próximos 50 ou 100 anos", afirmou Abe, reiterando seu conhecido ideário a favor de "um belo Japão".

Apesar de não conter novas propostas, a mensagem foi recebida no país como a afirmação mais clara de Abe sobre sua intenção de reformar o regime imposto pelos EUA após a derrota japonesa que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. As reformas passam por mudanças na Constituição e na lei de educação, ambas promulgadas em 1947, logo após o fim da guerra, e que promovem ideários pacifistas.

A Carta Magna proíbe a participação do Japão em programas de defesa coletiva e em qualquer conflito armado, inclusive em operações de paz sob comando da ONU, já que limita a atividade militar do país à defesa.

Abe disse ainda que sua "principal prioridade" durante o ano será a reforma da lei de educação que vigora desde 1947 e que pretende aumentar a consciência patriótica nas salas de aula.

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