Jerusalém O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, tentou desarmar ontem as crescentes críticas contra sua atuação durante a guerra contra o Hezbollah prometendo reconstruir as áreas fronteiriças atingidas por projéteis da milícia islâmica. Além disso, ele criticou seus predecessores afirmando que eles falharam em se preparar diante da crescente ameaça representada pelos guerrilheiros.
Desde que um cessar-fogo apoiado pela ONU foi posto em prática na região, a frustração da opinião pública diante da performance do governo e do comando militar durante a ofensiva de 34 dias ao país vizinho não parou de crescer.
O ultraje não mostrou sinais de diminuir ontem, quando centenas de reservistas saíram às ruas para pedir por uma investigação judicial sobre a atuação do governo. Alguns protestaram em frente ao escritório do líder israelense para pedir sua renúncia. A guerra, lançada em resposta à captura de dois soldados israelenses por milicianos do Hezbollah, teve inicialmente apoio da opinião pública, mas as críticas começaram a crescer pela morte de dezenas de soldados.