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Queda de Assad

Presidente da administração de Idlib é encarregado de formar novo governo na Síria

Membros de ONG entregam ajuda humanitária em Damasco, capital da Síria, após fim de semana em que regime da família Assad caiu após mais de 50 anos (Foto: EFE/Yahya Nemah)

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Os insurgentes encarregaram Mohamed al-Bashir, o presidente do Governo de Salvação - nome da administração da província de Idlib, no norte da Síria, controlada pela Organização para a Libertação do Levante -, de formar um governo para a transição na Síria após a derrubada do ditador Bashar al-Assad, informou a televisão síria agora dirigida pela oposição.

“O presidente do Governo de Salvação, Mohamed al-Bashir, deve ser encarregado de formar um novo governo sírio para administrar a fase de transição”, noticiou a emissora de TV.

O Governo de Salvação é uma espécie de braço político e civil da Organização para a Libertação do Levante (HTS, na sigla em árabe) que foi criado em Idlib, uma província no noroeste da Síria e reduto da oposição.

Logo após o anúncio, a televisão síria informou que uma reunião tripartite seria realizada nesta segunda-feira (9), em Damasco, para determinar a transferência de poder na Síria e evitar que o país entre em um estado de “caos” após a queda de Assad, que abandonou o país.

As três partes que se reuniram são o líder da coalizão rebelde liderada pela Organização de Libertação do Levante, Ahmed Al Sharea (nome de guerra Abu Mohamed al Jolani), que liderou a ofensiva para “libertar” Damasco; o primeiro-ministro sírio, Mohamed Ghazi al Jalali; e o presidente do Governo de Salvação, Mohamed al-Bashir.

De acordo com a televisão síria, “a reunião está sendo realizada para determinar a transição de poder e evitar que a Síria entre em um estado de caos”.

Entretanto, no domingo, o presidente do mais alto órgão político da oposição síria no exílio, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Hadi Al Bahra, disse à Agência EFE que há um acordo após a queda de Assad de que o governo de transição será “civil” e não pertencerá à islâmica Organização de Libertação do Levante nem ao Governo de Salvação.

Bahra explicou que entre a coalizão de oposição há um conjunto de regras “para garantir que não haja extremismo no terreno, nenhuma má conduta, nenhuma violação dos direitos humanos”, o que, segundo ele, “está funcionando muito bem até agora”, apesar de ainda não ter se encontrado com o líder da HTS.

A HTS, após a tomada do poder na Síria, emitiu várias declarações prometendo tolerância em relação aos seguidores de diferentes seitas e religiões no país, e alertando seus membros para que evitem maltratar ou atacar civis.

Conteúdo editado por: Fábio Galão

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