O presidente do Equador, Lenin Moreno (E),  e o seu novo assessor chefe, Andres Mideros, anunciam o afastamento do vice-presidente Jorge Glas.| Foto: JUAN RUIZAFP

O presidente do Equador, Lenín Moreno, afastou em definitivo seu vice, Jorge Glas, nesta quarta-feira (3), três meses depois de ele ser preso acusado de receber propina no esquema de corrupção da construtora brasileira Odebrecht. 

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Moreno declarou a vacância do cargo pela ausência de Glas por mais de 90 dias, guiando-se pela Constituição. Ele anunciou que indicará três pessoas ao Congresso, que definirá o substituto de seu ex-companheiro de chapa. 

A lei prevê um prazo de 15 dias para a nomeação, mas ele afirma que demorará bem menos "porque um país não pode ficar" sem vice. "Pedimos as certificações aos órgãos competentes para verificar se atuamos de forma correta." 

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Glas ocupava o cargo desde o início do segundo mandato de Rafael Correa, em 2013. Ele foi acusado de receber US$ 13,5 milhões (R$ 43,6 milhões) da Odebrecht para beneficiar a empreiteira em licitações de obras públicas. 

A Justiça já o condenou a seis anos de prisão por associação criminosa. Ainda estão pendentes os julgamentos por peculato, enriquecimento ilícito, formação de quadrilha, ocultação de bens, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. 

Moreno já o havia afastado em agosto, quando a Promotoria apresentou a acusação formal. Glas nega ter cometido os crimes e afirma ser vítima de uma perseguição política a ele e ao legado da era Rafael Correa (2007-2017). 

A reação do presidente à situação do agora ex-vice rachou a governista Aliança País e azedou a relação com Correa, seu padrinho político. Moreno também apoiou a proposta de julgamento político de Glas proposto pela oposição.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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