Porto-de-Espanha - Com um denso improviso de 15 minutos, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, injetou a demanda da América Latina pelo fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba e sua reinserção no espaço interamericano logo na abertura da 5ª Cúpula das Américas. A exigência, colocada em um tom cordial e seguro, foi direcionada diretamente a Barack Obama, presidente dos Estados Unidos. "Queremos frisar a (necessidade de) supressão da lógica do mundo bipolar, do anacronismo que significa, hoje, o bloqueio à república irmã de Cuba, e queremos pedir sua eliminação", declarou Cristina Kirchner, sob aplausos.

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Em sua argumentação, a presidente argentina deixou claro que a mudança na abordagem dos EUA em relação a Cuba será a base para a construção de uma "nova relação" entre Washington e o restante do Hemisfério. Defendeu que a subordinação ao conceito dos Estados Unidos sobre sua relação com a América Latina, que resultou em uma experiência "traumática", dê lugar à "colaboração e cooperação" entre os países.

Cristina, entretanto, teve pelo menos dois cuidados na sua abordagem. Primeiro, mencionou a necessidade de Cuba e os EUA conversarem sem travas sobre questões sensíveis ao regime de Havana, com os direitos humanos, especificamente a libertação de presos políticos. O segundo cuidado foi de advertir que os países do Hemisfério devam tratar esse tema sem "pirotecnia verbal" nem "artilharia".

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