A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse nesta quinta-feira estar aberta ao diálogo com os rivais políticos, à medida que enfrenta pressão da oposição para mudar o curso do governo após uma grande derrota eleitoral.
Cristina, que perdeu o controle do Congresso na eleição de 28 de junho, admitiu que terá de formar novas alianças e substituiu dois importantes ministros esta semana.
No entanto, integrantes da oposição dizem que a reforma ministerial não foi ampla o bastante e que ela precisa dar uma resposta à rejeição dos eleitores ao seu estilo combativo e à política econômica adotando um rumo novo.
"(Meu) compromisso como presidente... é pedir pelo diálogo", disse Cristina num discurso para comemorar um feriado nacional.
"Frustrações e fracassos nos obrigam a agir com responsabilidade, ouvindo todas as diferentes propostas", acrescentou ela.
Um dia depois da derrota eleitoral, a presidente defendeu a sua condução da terceira maior economia da América Latina e disse que não via razão para mudar a equipe de governo.
O governo deu poucas indicações sobre sua estratégia pós-eleição, mas os legisladores já estão se ajustando ao novo cenário político. O marido de Cristina Kirchner, o ex-presidente Nestor Kirchner, a quem ela sucedeu, está entre os que perderam assentos.
Os congressistas recém-eleitos assumirão o cargo apenas em dezembro, mas já estão se concentrando na mudança de leis polêmicas, como a das taxas de exportação de grãos e a dos superpoderes -- uma regra orçamentária que confere ao governo maior liberdade em alocar dinheiro público.
Alguns analistas afirmam que o governo estabelecerá seus objetivos em defender políticas-chaves para ajudar a fortalecer as finanças do governo em meio à recessão econômica.
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