O presidente birmanês, o ex-general Thein Sein, assumiu as negociações de paz mantidas com os exércitos das diferentes minorias étnicas que povoam Mianmar, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
Thein Sein assumiu a presidência da Comissão para a Paz, formada por 12 membros, e colocou o vice-presidente Sai Mauk Kham à frente da Comissão de Trabalho, integrada por 52 pessoas, segundo a rádio "Mizzima", que não indica quando ocorreram as nomeações.
A remodelação na equipe negociadora acontece após o recrudescimento dos enfrentamentos entre o Exército e o braço armado da Organização para a Independência Kachin no norte do país.
Esse conflito é o maior em Mianmar desde que o governo iniciou, no ano passado, negociações com as etnias rebeldes, o que levou à assinatura pactos de cessar-fogo com as guerrilhas das tribos karen e shan.
A organização kachin, que em 2010 rompeu o cessar-fogo pactuado seis anos antes, assegura representar 1,2 milhão de pessoas que vivem principalmente no norte do país, e seu Exército conta em suas fileiras com cerca de oito mil combatentes.
Mianmar foi governada por ditaduras militares entre 1962 até 2011, quando a última junta se dissolveu e entregou o poder a um Governo dirigido por Thein Sein, primeiro-ministro do regime anterior.
Apesar de seus antecedentes, Thein Sein passou a promover reformas de caráter democrático, o diálogo com a oposição e pactos de paz com as minorias étnicas, que representam cerca de um terço dos quase 59 milhões de habitantes de Mianmar.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo