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O presidente cubano, Raúl Castro, advertiu hoje (15), durante a Cúpula do G77 mais a China, que ocorre na Bolívia, que está aumentando a diferença entre países ricos e pobres e pediu unidade para a construção do desenvolvimento universal.

Na sessão plenária do encontro, que tem como tema Criação de uma Nova Ordem Mundial, em Santa Cruz, Castro pediu ao grupo que renove um compromisso comum para "concertar esforços" na construção "de um mundo mais justo", considerando que têm se acentuado as diferenças entre os países do Norte, mais ricos, e os do Sul, mais pobres.

Castro citou seu irmão Fidel para dizer que existem recursos para financiar o desenvolvimento, mas falta vontade política aos governos dos países desenvolvidos para atingir esse objetivo. Dessa forma, exigiu nova ordem financeira e monetária, além de condições comerciais justas para produtores e importadores.

O presidente cubano denunciou, mais uma vez, "o bloqueio genocida norte-americano" contra Cuba e a "afronta" que representa a "absurda" inclusão do país caribenho na lista dos países que patrocinam o terrorismo internacional.

Ele lembrou a solidariedade do G77, que "sempre acompanhou" o regime de Cuba, e defendeu um compromisso renovado do bloco a essa luta.

Raul Castro falou durante a rodada de intervenções programadas para a sessão plenária da cúpula, que termina hoje com uma declaração de 240 pontos, proposta como agenda mundial pós-2015 e que destaca os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da Organização das Nações Unidas.

O bloco foi criado por 77 países em 1964, em Genebra, e conta hoje com 133 Estados-Membros, que representam dois terços dos países e dos votos na Assembleia Geral da ONU.

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