O governo argentino apresentou ontem à Corte Suprema recurso contra a prorrogação da medida cautelar sobre a aplicação da Lei de Mídia obtida na Justiça pelo grupo Clarín.
Na quinta-feira, decisão do Judiciário desobrigou o conglomerado de cumprir cláusulas antimonopólio da legislação até que se julgue a "questão de fundo", ou seja, a inconstitucionalidade da lei.
A decisão da Justiça foi uma derrota do kirchnerismo, que tem nesta lei uma de suas principais bandeiras, e no Clarín, principal afetado por ela, um de seus maiores inimigos.
"O governo está perdendo a batalha com o Clarín. A situação é oposta à de 2008, quando o governo usou a guerra para reverter sua queda de popularidade", disse o cientista político Marcos Novaro.
"As pessoas deixaram de acreditar que Cristina defende a bandeira da liberdade de expressão, enquanto são divulgadas informações sobre seu enriquecimento ilícito e sobre a inflação", completou.
Caso a Suprema Corte determine que os artigos não são inconstitucionais, o governo poderá cobrar que empresas que possuam mais de 24 licenças de rádio e tevê se desfaçam do excedente.
O Clarín, que excede o limite e atua em tevê aberta, cabo, rádio, internet e jornal, teria de abrir mão de vários meios.
"Se esperamos três anos, podemos esperar uns dias mais", disse Martín Sabbatela, diretor da Afsca (órgão regulador da nova lei).
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