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Enquanto casos aceleram

Presidente de Belarus indica vodca e sauna para curar Covid-19

Lukashenko coronavírus
Presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko (Foto: Divulgação/Serviço de Imprensa do Presidente da Rússia/Wikipedia)

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O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, tem insistido em uma tese original no combate ao coronavírus. Lukashenko, que está a frente do Executivo do país há 26 anos, vem defendendo que um tratamento a base de vodca e idas à sauna é eficaz contra a Covid-19.

De acordo com uma publicação do jornal americano New York Post desta segunda-feira (30), o presidente bielorrusso tem acusado os países que adotaram políticas de isolamento como vítimas de uma "psicose" e tem insistido para que os cerca de 9,5 milhões de habitantes do país do Leste Europeu continuem a trabalhar normalmente. O presidente inclusive participou de uma partida de hóquei no gelo no último sábado.

"É melhor morrer de pé do que viver de joelhos", disse Lukashenko, citando o revolucionário mexicano Emiliano Zapata. O presidente ainda afirmou que a prática esportiva é o melhor remédio antivírus. "Não tem vírus aqui", disse durante a partida. E completou: "Eu não estou vendo (os vírus)".

Lukashenko também disse que a "psicose" por causa do vírus tem afetado seriamente as economias dos países, dizendo que "o mundo enlouqueceu". De acordo com o jornal londrino The Times, o presidente ofereceu soluções simples: "As pessoas não deveriam apenas lavar suas mãos com vodca, mas também envenenar o vírus com ela", aconselhou. "Vocês deveriam beber o equivalente a 40-50 mililitros de álcool por dia. Mas não no trabalho".

O presidente ainda aconselhou que o momento ideal para a "medicação" seria depois de ir à banya - um tipo de sauna russa - duas ou três vezes por semana. "Quando você sair da sauna, não apenas lave as mãos, mas também tome 100 ml de vodca", receitou Lukashenki, segundo o jornal inglês.

Belarus registrou a primeira morte por coronavírus no país nesta terça-feira. Até agora, mais de 150 pessoas foram infectadas, segundo a Universidade Johns Hopkins. O maior salto diário de novos casos ocorreu entre 28 e 29 de março: mais de 50 – um indicativo de que a propagação da doença no país pode estar acelerando.

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