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Plenário da Câmara dos Comuns do Canadá: parlamentar do partido de Justin Trudeau renunciou à presidência da casa após gafe da homenagem a imigrante ucraniano que lutou ao lado dos nazistas na Segunda Guerra Mundial
Plenário da Câmara dos Comuns do Canadá: parlamentar do partido de Justin Trudeau renunciou à presidência da casa após gafe da homenagem a imigrante ucraniano que lutou ao lado dos nazistas na Segunda Guerra Mundial| Foto: Wikimedia Commons

O presidente da Câmara dos Comuns do Canadá, Anthony Rota, anunciou nesta terça-feira (26) que deixará o comando da casa, após o escândalo da homenagem a um ex-nazista, proposta pelo parlamentar.

Segundo a emissora pública canadense CBC, a renúncia de Rota entrará em vigor ao final da sessão de quarta-feira (27).

“Esta Câmara está acima de qualquer um de nós. Portanto, devo renunciar ao cargo de presidente”, disse Rota nesta terça-feira.

“Reitero meu profundo pesar pelo meu erro ao homenagear um indivíduo na Câmara”, afirmou o parlamentar, que disse que sua atitude “causou dor a indivíduos e comunidades”, incluindo judeus, poloneses e “outros sobreviventes das atrocidades nazistas”.

Antes, Rota já havia pedido desculpas por ter proposto uma homenagem a um imigrante ucraniano que lutou ao lado dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Yaroslav Hunka, de 98 anos, foi homenageado na sexta-feira (22), durante uma sessão do Parlamento da qual participaram o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que viajou à América do Norte na semana passada. Ambos aplaudiram o homenageado.

Rota disse na ocasião que Hunka é “um veterano de guerra ucraniano-canadense da Segunda Guerra Mundial que lutou pela independência da Ucrânia contra os russos”. Porém, Hunka serviu na 14ª Divisão de Granadeiros Waffen da SS, unidade nazista envolvida no Holocausto.

Rota, membro do Partido Liberal, o mesmo de Trudeau, disse que “posteriormente tomou conhecimento de mais informações” e pediu desculpas.

“Esta iniciativa foi inteiramente minha. [...] Quero particularmente estender as minhas mais profundas desculpas às comunidades judaicas no Canadá e em todo o mundo”, disse o parlamentar.

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