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Presidente da Câmara renuncia nos EUA após pressão de conservadores

John Boehner durante anúncio desta sexta-feira, no qual disse que deixará seu cargo | JONATHAN ERNST/REUTERS
John Boehner durante anúncio desta sexta-feira, no qual disse que deixará seu cargo (Foto: JONATHAN ERNST/REUTERS)

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano John Boehner, anunciou nesta sexta-feira (25) que renunciará no fim de outubro. Ele é o terceiro na linha de sucessão presidencial desde janeiro de 2011.

A decisão repentina do congressista do Estado de Ohio acontece após ele ser fortemente pressionado pelo partido para fazer uma oposição mais dura e conservadora ao governo do presidente Barack Obama.

Segundo o deputado John Mica, o atual presidente não quer se tornar um problema para os republicanos. “Algumas pessoas tentaram transformá-lo em um problema no Congresso e fora dele”, disse.

Em reunião a portas fechadas, ele disse ter tomado a decisão depois que o então líder da maioria na Câmara, Eric Cantor, não conseguiu se eleger para as eleições parlamentares de novembro passado.

A rede de televisão CNN afirma que ele teria dito aos seus colegas parlamentares que a visita do papa Francisco ao Congresso, na última quinta (24), selou a decisão. Boehner é católico e se emocionou com o discurso do pontífice.

O seu sucessor deverá ser o californiano Kevin McCarthy, hoje vice-líder da maioria republicana na Câmara. A CNN afirma que McCarthy também teria ficado surpreso com a decisão do atual presidente da Câmara.

Orçamento

Um dos últimos capítulos desta disputa foi a tentativa de buscar uma solução para que o Orçamento da União seja aprovado antes do congelamento das verbas para o governo federal, como ocorreu em 2013 e 2014.

Boehner foi duramente criticado por defender a aprovação do Orçamento sem indeferir verbas para a ONG Planned Parenthood, acusada de vender tecidos fetais adquiridos em clínicas de abordo para pesquisadores.

A movimentação do presidente da Câmara irritou os deputados republicanos mais conservadores, que organizaram um movimento para pedir sua saída. Eles, porém, não tiveram força para levar o protesto adiante.

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