O presidente chinês, Hu Jintao, adiou até 2018 o prazo para pagamento de parte da dívida comercial acumulada por Cuba e concedeu à ilha mais US$ 80 milhões para a modernização de hospitais e outros projetos, durante uma visita na terça-feira para reforçar os laços entre os dois aliados comunistas.
A viagem de dois dias, que incluiu um encontro com o ex-líder Fidel Castro, reforçou ainda mais o envolvimento chinês com Cuba e ajudou a economia da ilha, que foi prejudicada pela passagem de três furacões e também sofreu efeitos da grave crise global.
Os dois países assinaram acordos para adiar por 10 anos o pagamentos de dívidas não especificadas acumuladas por Cuba até 1995. Outro acordo adia por cinco anos um crédito de US$ 7,2 milhões concedido por Pequim em 1998.
China e Cuba não revelaram o montante total do débito cubano com o gigante asiático, mas os empréstimos que venceriam agora - quando Cuba sofre com US$ 10 milhões em prejuízos causados pelos furacões Gustav, Ike e Paloma - seriam difíceis de pagar.
Os dois países assinaram 12 acordos na segunda-feira, estabelecendo, entre outras coisas, que a China vai continuar a comprar o açúcar e o níquel de Cuba e a fornecer produtos agrícolas.
A China é o segundo maior parceiro comercial de Cuba, depois da Venezuela, com US$ 2,3 bilhões em transações desde1997. A China compra 400 mil toneladas de açúcar da ilha a cada ano e quase a metade da sua produção anual de 75 mil toneladas de níquel, o maior produto de exportação de Cuba.
O presidente chinês e o ex-presidente cubano Fidel Castro também tiveram uma "conversa longa, em um ambiente sincero e amigável", segundo agência de notícias chinesa Xinhua.
"Vejo pessoalmente que você se recuperou e está cheio de energia. Estou muito feliz com isso", disse Hu a Fidel, segundo a agência.
Fotos do encontro foram exibidas pela TV cubana e pela Xinhua. Fidel aparece magro e barbudo, apertando a mão de Hu. Fidel vestia um agasalho.
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