O presidente da China, Xi Jinping, chegou nesta segunda-feira (21) em Cuba para fortalecer as relações bilaterais durante uma visita oficial de dois dias, com a qual finalizará seu giro pela América Latina e que foi precedida por uma missão empresarial da nação asiática.

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Xi Jinping foi recebido pelo primeiro vice-presidente cubano Miguel Díaz-Canel no aeroporto internacional de Havana, informou a imprensa oficial cubana.

Em Cuba, última escala de sua viagem após passar por Brasil, Argentina e Venezuela, Xi terá uma agenda cheia de compromissos que começará nesta terça-feira (22) com uma homenagem ao herói da independência de Cuba, José Martí, e continuará com a cerimônia oficial de recebimento e as conversas com o chefe de Estado cubano, Raúl Castro.

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No mesmo dia, o líder chinês será condecorado com a ordem "José Martí", a mais importante concedida pelo governo de Cuba a personalidades estrangeiras e depois estão previstas as assinaturas de vários acordos entre os dois governos.

Um espetáculo de balé no Teatro Nacional de Havana com a participação de artistas chineses e da companhia dirigida pela lendária dançarina cubana Alicia Alonso, fechará o primeiro dia da visita de Xi à ilha caribenha.

Na quarta-feira, o presidente chinês irá até a cidade de Santiago de Cuba, a 945 quilômetros ao leste de Havana, onde prestará uma homenagem no mausoléu que guarda os restos mortais do herói nacional José Martí, no cemitério de Santa Efigênia.

Depois, Xi Jinping visitará o edifício Ciudad Escolar 26 de Julio, o antigo quartel militar de Moncada que foi convertido em escola, e a sede da Assembleia Municipal do Poder Popular da segunda cidade mais importante da ilha, de onde partirá de volta a seu país.

Nesta segunda-feira, uma missão com representantes de mais de 40 empresas chinesas avançou nas negociações com entidades da ilha durante um fórum, no qual representantes do Escritório de Desenvolvimento do Comércio do país asiático e da Câmara de Comércio de Cuba assinaram um convênio para ampliar e diversificar o intercâmbio empresarial.

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Nessa reunião, empresas chinesas e cubanas selaram acordos de negócio e investimentos em setores como energias renováveis, produção de alimentos e indústrias de níquel e farmacêutica, informou a imprensa oficial.

O presidente da Câmara de Comércio cubana, Orlando Hernández Guillén, disse que as negociações acontecem em um momento "crucial" para a economia nacional, quando "são tomadas medidas para conceder maior autonomia às empresas e exigir delas uma gestão mais efetiva".

Hernández Guillén afirmou que o empresariado chinês é um elo "vital" no propósito de Cuba de diversificar e impulsionar seu comércio.

Nesse sentido, detalhou que Cuba procura companhias estrangeiras de prestígio internacional interessadas em seu mercado e considerou que a China é "fundamental", pela relação política e comercial com a ilha.

A China é o segundo maior parceiro comercial de Cuba, com trocas comerciais que chegaram a US$ 1,88 bilhão em 2013, segundo dados da embaixada chinesa em Havana.

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Diretores da Indústria Leve da China (Chinalight) se interessaram nas oportunidades oferecidas pela nova Lei de Investimento Estrangeiro que entrou em vigor no final de junho, e pela Zona Especial de Desenvolvimento do porto de Mariel, e avaliaram com funcionários cubanos possíveis projetos que podem ser empreendidos.

Durante o fórum, representantes da companhia chinesa CITIC Internacional também fizeram sondagens sobre o sistema de importações da indústria cubana e, como resultado, surgiram algumas propostas de cooperação que incluem a participação de capital humano.

Os empresários chineses também participaram de um seminário com informações sobre as modificações aplicadas na indústria biofarmaceutica cubana e a participação do capital estrangeiro, assim como detalhes sobre o impacto das reformas iniciadas para "atualizar" o modelo econômico da ilha.