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Gustavo Petro, presidente da Colômbia, tem sido duramente criticado no país por suas declarações sobre o ataque do grupo extremista palestino Hamas a Israel. No sábado (7), ele relativizou o conflito comparando-o com a ocupação Russa na Ucrânia. E, na manhã deste domingo (8), Petro foi ainda mais radical e chamou os israelenses de “neonazistas”.
“No meu discurso nas Nações Unidas [em setembro, durante a 78ª Assembleia Geral da entidade] mostrei como o poder mundial tratou de forma diferente a ocupação russa da Ucrânia e a ocupação israelense da Palestina”, disse Petro (que pertenceu a um grupo guerrilheiro na década de 1980), no sábado, em sua conta no Twitter/X.
Neste domingo, na mesma rede social, ele afirmou: “Se tivesse vivido na Alemanha em 1933, teria lutado ao lado dos judeus. E se tivesse vivido na Palestina em 1948, teria lutado ao lado dos palestinos. Agora os neonazistas querem a destruição do povo palestino, da liberdade e da cultura”.
Na noite de sábado, um grupo de pessoas vandalizou a embaixada de Israel em Bogotá – ato que os críticos consideraram uma consequência do discurso de ódio do mandatário colombiano. Os militantes, todos encapuzados, queimaram a bandeira israelense, desenharam a suástica em pilastras e entoaram cânticos em defesa do povo palestino.
Diante dessas declarações, o embaixador israelense na Colômbia, Gali Dagan, pediu que o governo adote uma posição mais definida com relação ao conflito. “Esperamos que um país amigo de Israel condene em voz alta e clara o ataque terrorista contra civis inocentes em território israelense. Um país como a Colômbia, que sofreu as consequências do terrorismo durante anos de guerra interna, deve compreender o que está acontecendo em Israel” afirmou, em entrevista para a imprensa local.