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Escândalo

Presidente da Colômbia se defende e nega ligação com grampo

O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, defendeu vigorosamente seu governo das acusações de ligação com organizações paramilitares ilegais e com um grampo clandestino a adversários, num caso que está sendo chamado de o "Watergate" colombiano.

A resposta do presidente foi dada depois de um comandante paramilitar preso ter testemunhado afirmando ter tido um encontro com o vice-presidente e o ministro da Defesa do governo Uribe nos anos 1990, antes de eles pertencerem à administração, e de a polícia ter admitido que agentes grampearam os telefones de autoridades, políticos e jornalistas.

A notícia foi revelada num momento crítico para Uribe, que tenta convencer os democratas norte-americanos a aprovar um acordo de livre comércio entre os dois países e a renovar a milionária ajuda militar dada pelos EUA à Colômbia, para combater o narcotráfico e a insurgência esquerdista.

"Tenho plena confiança neste gabinete, na honestidade do vice-presidente da República e de meus companheiros que compõem o governo nacional", disse Uribe à rádio "Caracol".

Com o financiamento norte-americano, Uribe reduziu a violência da guerrilha e desarmou 31 mil paramilitares. Os comandantes dos ultradireitistas estão presos, e o acordo de paz garante que eles tenham penas pequenas se confessarem as atrocidades e massacres cometidos em nome da contra-insurgência.

Mas Uribe está sob fogo desde que 13 congressistas, entre outros políticos, foram presos acusados de cumplicidade com os chefes paramilitares.

Grupos de defesa dos direitos humanos acreditam que os líderes ultradireitistas mantiveram suas redes criminosas e de tráfico, mesmo com o acordo de paz.

O ex-comandante paramilitar Salvatore Mancuso depôs na terça-feira e disse que ele e outros líderes reuniram-se com o atual vice-presidente Francisco Santos e com o atual ministro da Defesa, Juan Manuel Santos. Uribe e o ministro disseram na quarta-feira que as reuniões foram de conhecimento público. Francisco Santos era colunista de um jornal na época, e Juan Manuel Santos disse que estava tentando mediar um acordo de paz com os paramilitares.

Na segunda-feira, Uribe teve de trocar seu comandante da polícia e o chefe da inteligência por causa das denúncias de grampo.

"Ninguém pode dizer que o presidente tenha ordenado que alguém fosse gravado, não aceitarei isso", disse Uribe, visivelmente irritado.

Mas líderes da oposição exigem um inquérito sobre os grampos e ameaçam convocar ministros a depor no Congresso, para explicar por que eles não sabiam da espionagem.

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