Chanceler mexicana Patricia Espinosa durante coletiva de imprensa na COP 16| Foto: Reuters

A chanceler mexicana Patricia Espinosa, que preside a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16), negou nesta segunda-feira (6) que haja um texto de acordo climático sendo preparado secretamente, conforme rumores que circulam na reunião. "Não existe um texto secreto", garantiu.

CARREGANDO :)

Os rumores de que alguns países poderiam estar preparando um texto à revelia de outros poderiam tirar a confiança sobre o processo de negociação. "Não houve em nenhum momento uma situação em que pensamos que o processo poderia estar perdendo credibilidade", comentou a presidente da COP 16.

Nos últimos dias, as duas linhas principais de negociação – a que ocorre no âmbito do Protocolo de Kyoto e a que visa fechar um novo acordo amplo que inclua, entre outras coisas, a redução de emissões de gases-estufa de países como China e EUA, que até o momento não assumiram compromissos internacionais a respeito – tiveram textos básicos apresentados por suas presidências, sobre os quais se debruçarão agora os ministros dos países, que passam a encabeçar as delegações nesta segunda semana de conferência, quando tem início o chamado "segmento de alto nível" da COP 16. A minsitra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também já está no México.

Publicidade

Falando a jornalistas, a chanceler mexicana reiterou sua confiança em que um "pacote balanceado" pode ser acordado em Cancún.

Brasil e Reino Unido

Patricia Espinosa disse ainda que Brasil e Reino Unido vão discutir formas de superar o impasse em relação a um prolongamento do Protocolo de Kyoto. Ele pediu a outros pares de nações desenvolvidas e em desenvolvimento - como Suécia e Granada, ou Espanha e Argélia - que busquem soluções para outros impasses. A disputa sobre o Protocolo de Kyoto é um dos principais da reunião.

Apenas o Japão assumiu abertamente que é contra a continuidade do protocolo. Especula-se que Rússia, Austrália e Canadá sejam os outros. Aprovado em 1997, o Protocolo é o único instrumento legalmente vinculante (de cumprimento obrigatório), em que países desenvolvidos se comprometem a reduzir suas emissões de gases causadores de efeito estufa. Como ele expira em 2012 e não há um acordo para substituí-lo, discute-se que seja prorrogado, para que não haja um período sem acordo algum.

Publicidade