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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse na quinta-feira que se encontrará com o Dalai Lama na Polônia, em dezembro, colocando fim a meses de especulações sobre se essa reunião politicamente delicada se realizaria de fato.

O líder exilado do Tibet visitou a França em agosto, mas não se encontrou com Sarkozy durante sua estadia de duas semanas, que coincidiu com os Jogos Olímpicos de Pequim.

Alguns acusaram o presidente de ceder às pressões chinesas na questão, e mais dúvidas surgiram depois do cancelamento de uma inesperada viagem de regresso à França que seria realizada pelo Dalai Lama.

Sarkozy, no entanto, disse que os dois finalmente se reuniriam na Polônia, em dezembro, quando ocorrerão celebrações pela concessão, 25 anos atrás, do Prêmio Nobel da Paz a Lech Walesa, líder do Sindicato Solidariedade.

"O Dalai Lama é um homem valoroso, um homem imensamente respeitável com quem eu terei a oportunidade de me reunir no dia 6 de dezembro, na Polônia", afirmou Sarkozy na cerimônia de entrega de um prêmio.

O gabinete do presidente havia dito neste mês que problemas de saúde tinham impedido a viagem do Dalai Lama em dezembro. Meios de comunicação franceses, no entanto, sugeriram que o líder tibetano tinha ficado desapontado com a atitude de Sarkozy durante a visita de agosto.

Dirigentes de países ocidentais viram-se obrigados a agir com cuidado quando de encontros com o Dalai Lama, 73, vencedor do Prêmio Nobel da Paz. A China considera o líder tibetano um separatista.

Ele foi hospitalizado em agosto com dores abdominais e submeteu-se a uma cirurgia de retirada de um cálculo biliar no mês passado, na cidade de Dharamsala (Índia).

A China assumiu o controle sobre o Tibet em 1950 e o Dalai Lama fugiu para o exílio em 1959, depois de um levante malsucedido contra o domínio chinês. Desde então, o líder tibetano mora na Índia e viaja pelo mundo defendendo sua causa. Ele continua a ser altamente reverenciado em sua terra natal.

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