A recém-nomeada primeira-ministra da Tunísia, Najla Bouden Romdhane, em reunião com o presidente tunisiano Kais Saied no palácio presidencial em Túnis, 29 de setembro| Foto: EFE/EPA/ Presidência da Tunísia
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O presidente da Tunísia, Kais Saied, nomeou como primeira-ministra Najla Bouden Romdhane, uma geóloga que já trabalhou com projetos do Banco Mundial no ministério da educação. Com pouca experiência na esfera pública, Romdhane será a primeira mulher a ocupar o cargo, e assume com a missão de formar um governo "o mais rápido possível", no momento em que a Tunísia passa por uma crise nacional.

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Em julho, Kais Saied demitiu o primeiro-ministro, suspendeu o parlamento do país e assumiu todo o poder executivo, ações que foram vistas como um golpe de Estado pela oposição. Desde então, o presidente, eleito em 2019, estava sendo pressionado para nomear um novo governo.

Na semana passada, Saied suspendeu grande parte da Constituição tunisiana e afirmou que poderia governar por decreto, durante um período "excepcional", sem data para terminar. Os eventos recentes na Tunísia trouxeram dúvidas sobre as conquistas democráticas do país desde os protestos de 2011 da chamada Primavera Árabe.

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Saied descreveu a nomeação da primeira mulher para o cargo de premiê no país norte-africano como "histórica" e "uma honra para a Tunísia e uma homenagem às tunisianas".

A principal missão do novo governo, segundo o presidente, será "colocar fim à corrupção e ao caos que se espalharam por tantas instituições do Estado".

Romdhane, 63 anos, possivelmente não terá tanto poder quando seus antecessores, que ocuparam o cargo desde a elaboração da constituição em 2014, já que Saied afirmou que durante o "período de emergência" a presidência será responsável pelo governo.

A nova primeira-ministra é professora de Geologia na Escola Nacional de Engenharia da capital do país. Anteriormente, foi encarregada pelo Ministério de Educação Superior e Pesquisa Científica de implementar programas do Banco Mundial, segundo a agência de notícias oficial da Tunísia. Em 2011, foi nomeada diretora de qualidade no mesmo ministério.

Romdhane não tem filiação política, de acordo com a agência de notícias turca Anadolu.

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