O novo presidente da Tunísia propôs nesta quarta-feira (14) seis meses de trégua política e de suspensão dos protestos nas ruas, alertando que do contrário o país estará cometendo um "suicídio coletivo".
A Tunísia foi o berço da onda regional de protestos que ficou conhecida como Primavera Árabe, e que levou em janeiro à renúncia do presidente Zine el-Abidine ben Ali. Desde então, no entanto, o país continua enfrentando turbulências políticas e sociais.
"Apelo a todo o povo tunisiano para que nos dê uma trégua política e social, só por seis meses", disse Moncef Marzouki, um ex-preso político que tomou posse como presidente na semana passada, em entrevista à TV estatal.
"Uma trégua política incluindo todos os partidos políticos ... uma trégua social com a paralisação imediata de todas as ocupações de espaços e greves", disse Marzouki. "Se continuarmos deste jeito, será um suicídio coletivo."
Ele prometeu que, se as coisas não se resolverem em seis meses, ele renunciará. Pelo sistema político adotado provisoriamente depois da revolução, o presidente ocupa o segundo cargo mais importante do país, depois do primeiro-ministro.
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