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O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ameaçou nesta quarta-feira (11) instaurar a lei marcial em todo o país se fracassarem as negociações previstas nesta quarta-feira (11) em Minsk e piorar o conflito em seu país. Falando antes da conferência de paz, na Bielorrússia, Poroshenko disse que a posição-chave de Kiev será a defesa de um cessar-fogo incondicional. Segundo ele, no entanto, a Ucrânia está preparada para se defender militarmente caso seja necessário.

"Tudo dependerá do resultado da cúpula. Ou conseguimos deter o adversário pela via diplomática ou haverá outro regime. Eu, o governo e o Parlamento estamos dispostos a instaurar a lei marcial em todo o território ucraniano", afirmou Poroshenko em uma reunião com seu gabinete poucas horas antes do início da cúpula em Minsk. "Somos a favor da paz, (mas) o nosso país precisa de ser defendido e vamos fazer isso até o fim."

Separatistas pró-Moscou lançaram alguns dos piores ataques nos últimos dias desde o início do conflito, em abril do ano passado, ofuscando esperanças de um acordo de cessar-fogo duradouro nas negociações de paz desta quarta-feira. O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou sua presença na reunião, que terá ainda a participação dos líderes da França, da Alemanha e da Ucrânia.

Poroshenko também disse que os países envolvidos neste encontro falarão com uma só voz ante a Rússia na tentativa de acabar com o conflito ucraniano. "Posso assegurar que Ucrânia e a União Europeia falarão com uma só voz. A prioridade é um cessar-fogo sem condições prévias", afirmou.

Nas últimas 24 horas, ao menos 47 pessoas morreram, sendo 19 soldados ucranianos, em combates no Leste da Ucrânia. Entre eles, cinco soldados morreram em um ataque com lança-foguetes contra a cidade de Kramatorsk, sede do quartel-general do Exército ucraniano. O conflito já deixou mais de 5.300 mortos desde abril do ano passado.

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