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O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou nesta sexta-feira que recebeu a informação de que está sendo preparada uma tentativa de golpe de Estado no país, com participação de russos, programado para a próxima semana. Após a revelação, a Rússia negou qualquer envolvimento com um suposto plano de golpe de Estado no país vizinho.
"Tenho informação de que, em 1º de dezembro, teremos um golpe de Estado. Acho que é uma informação interessante", disse o chefe de governo, diante de um grupo de jornalistas nacionais e estrangeiros.
Zelenski garantiu que haveria envolvimento no plano do magnata ucraniano Rinat Akhmetov, dono da maior fortuna da Ucrânia, segundo a revista Forbes.
"Temos alguma informação de agências (de inteligência), inclusive temos gravações de representantes de áudio de representantes da Ucrânia, com, por assim dizer, representantes da Rússia, discutindo a participação de Rinat Akhmetov em um golpe de Estado, e que seria necessário US$ 1 bilhão", afirmou Zelenski.
"Acredito que seja uma operação para envolvê-lo em uma guerra contra a Ucrânia. Seria um grande erro, porque não se pode lutar contra seu próprio povo e contra um presidente eleito pelos cidadãos", afirmou o chefe de governo sobre o magnata.
Zelenski afirmou que não acredita que um golpe de Estado tenha êxito e garantiu não ter planos de fugir do país.
Pouco antes, o presidente já havia garantido que a Ucrânia está preparada para um eventual aumento de hostilidades com a Rússia, em meio a movimentação militar na região fronteiriça do Donbass, e garantiu ter plena convicção no Exército do país que lidera.
"Controlamos plenamente nossas fronteiras e estamos preparados para uma possível escalada", garantiu Zelenski.
A imprensa dos Estados Unidos veiculou no fim de semana que a Rússia estaria planejando um ataque contra a Ucrânia para o início do próximo ano, com cerca de 100 grupos táticos que reuniriam cerca de 100 mil homens.
Rússia nega envolvimento
O governo da Rússia negou nesta sexta-feira qualquer envolvimento com supostos planos de um golpe de Estado na Ucrânia, que foram revelados mais cedo pelo presidente ucraniano Volodimir Zelenski.
"A Rússia nunca faz essas coisas", garantiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva diária.