Em nota publicada em página oficial no Facebook na manhã desta sexta-feira, 10, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reforçou que, embora EUA, Canadá e Reino Unido afirmem estar convictos de que um míssil atingiu o avião que caiu no Irã, ainda não haviam sido fornecidas provas relacionadas ao acidente aéreo.
Algumas horas depois, Zelensky publicou em sua página pessoal no Twitter uma mensagem agradecendo aos EUA o apoio nas investigações, dando a entender que o serviço de inteligência já havia compartilhado as evidências que detinham sobre a possibilidade de um míssil iraniano ser a causa do acidente. “Grato pelas condolências do povo americano e pelo valioso apoio dos EUA na investigação das causas do acidente de avião. As informações obtidas nos EUA ajudarão na investigação”, publicou o presidente ucraniano.
A nota divulgada pelo presidente ucraniano no início da manhã reforçava que “a versão de que um míssil atingiu o avião não pode ser descartada, mas atualmente não pode ser confirmada". Também trazia tom de cautela e cobrança. “Dados os últimos anúncios feitos pelos líderes dos países nos meios de comunicação, conclamamos nossos parceiros internacionais – em primeiro lugar os governos dos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha – a fornecer os dados e as evidências relativas à catástrofe à comissão que está investigando suas causas”, reforçou.
O presidente ucraniano também anunciou no comunicado de que planeja falar sobre a investigação com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ainda nesta sexta-feira, 10.
Na tarde de quinta-feira, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Boris Johnson, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declararam ter evidências de que o avião ucraniano foi acidentalmente derrubado pelo Irã.
O presidente norte-americano, Donal Trump, também havia sugerido a possibilidade em entrevista na Casa Branca durante a manhã. A afirmação foi feita logo após sites de notícias americanos terem divulgado declarações de autoridades ligadas aos serviços de inteligência dos EUA e do Irã que reforçavam a possibilidade de o avião ter sido atingido por um míssil superfície-ar iraniano.
Durante a quinta-feira, após a divulgação das suspeitas, o Irã anunciou que irá convidar autoridades norte-americanas e representantes da fabricante Boeing para acompanharem as investigações sobre o acidente aéreo – ao contrário do que havia anunciado quando localizaram as caixas-pretas do avião.
A participação de representantes do Canadá e da Suécia já havia sido confirmada pelo Irã, que lidera as investigações do acidente aéreo que vitimou todas as 176 pessoas a bordo, na madrugada de quarta-feira, 8.