O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, disse na quinta-feira que pessoas que não foram vacinadas contra a Covid-19 serão presas se desobedecerem a ordem de ficar em casa.
Em discurso televisionado, Duterte disse que pediu a líderes comunitários que garantissem que os não vacinados fiquem confinados em casa.
"Se a pessoa se recusar, se sair de casa e circular pela comunidade, pode ser contida. Caso se recuse, o capitão agora tem o poder de prender a pessoa insubmissa", afirmou Duterte.
O presidente disse ainda que é "responsável pela segurança e bem-estar de todos os filipinos", e que aqueles que desaprovam a sua decisão podem processá-lo.
Os contágios de Covid-19 atingiram o número mais alto em três meses no país do sudeste asiático, com mais de 17 mil casos registrados na quinta-feira, incluindo infecções pela variante ômicron do coronavírus, de acordo com o Ministério da Saúde.
O governo das Filipinas havia anunciado na terça-feira (4) a expansão do lockdown para não vacinados na região da capital, Manila, após um pico de casos de Covid-19 depois das festividades do fim do ano.
A região metropolitana de Manila, que inclui 16 municípios, com população de cerca de 14 milhões de pessoas, já estava com restrições. Os moradores não vacinados só podem sair para atividades essenciais, como comprar alimentos, água, consultas médicas e trabalho. Mais três municípios foram incluídos na área com restrições, que devem durar até pelo menos o dia 15 de janeiro.
Até o final de 2021, 49,8 milhões de pessoas estavam completamente vacinadas contra o coronavírus, ou 45% da população de 110 milhões.
Em junho do ano passado, Duterte já havia ameaçado quem se recusasse a se vacinar com prisão ou com uma injeção do antiparasitário ivermectina.
"Você escolhe, a vacina ou eu o colocarei na cadeia", disse Duterte à época. "Eu vou ordenar todos os capitães que façam uma contagem de pessoas que se recusam a ser vacinadas. Porque se não, eu vou injetar ivermectina, que é usada em porcos, em você", afirmou.
PT se une a socialistas americanos para criticar eleições nos EUA: “É um teatro”
Os efeitos de uma possível vitória de Trump sobre o Judiciário brasileiro
Ódio do bem: como o novo livro de Felipe Neto combate, mas prega o ódio. Acompanhe o Sem Rodeios
Brasil na contramão: juros sobem aqui e caem no resto da América Latina