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Tiroteios ouvidos na região do palácio do governo de Guiné-Bissau, na capital Bissau, geraram temores nesta terça-feira (1º) de um possível golpe de Estado no país localizado na costa ocidental da África, apenas poucos dias após militares deporem o presidente de Burkina Faso.
Segundo o jornal O Democrata, o palácio, onde ocorria uma reunião com presença do presidente Umaro Sissoco Embalo e do primeiro-ministro Nuno Nabiam, foi cercado por soldados. A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) divulgou um comunicado solicitando paz e respeito à ordem institucional no país.
“A Cedeao condena a tentativa de golpe e responsabiliza os militares pela integridade física do presidente Umaro Sissoco Embalo e membros de seu governo”, apontou. “A Cedeao pede aos militares que voltem aos seus quartéis e mantenham uma postura republicana.”
Horas depois, o próprio Embalo escreveu no Twitter que estava bem e que a situação estava controlada, mas não deu maiores detalhes.
“Estou bem, Alhamdulillah [frase em árabe que significa ‘louvado seja Deus’]. A situação está sob controle do governo. Agradeço ao povo de Guiné-Bissau e a todas as pessoas fora do nosso país que se preocupam comigo e com o meu governo. Viva a República e que Deus olhe por Guiné-Bissau”, afirmou.
Horas depois, Embalo afirmou em um vídeo no Facebook que os responsáveis pela insurreição pretendiam matá-lo e também o primeiro-ministro, mas foram repelidos por forças de segurança. O presidente disse que a ação estaria relacionada ao tráfico de drogas.