O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, disse na quinta-feira que o presidente deposto José Manuel Zelaya pode voltar ao país. "Ele pode retornar a Honduras quando quiser e será tratado com a dignidade de um ex-presidente", afirmou Lobo.

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"Ninguém pode proibir que Zelaya venha a Honduras, ele é hondurenho e pode vir quando quiser", acrescentou o líder. Em entrevista coletiva em Juticalpa, 170 quilômetros a leste de Tegucigalpa, Lobo assegurou que "não se deve criar um conflito onde não há. O ex-presidente Zelaya pode vir na hora em que quiser".

Lobo advertiu, porém, que "quando ele vier, farei com que seja dado um abraço com o general (Romeo) Vásquez". O militar é apontado como uma das lideranças do golpe de 28 de junho de 2009, que depôs Zelaya. Segundo Lobo, Zelaya e Vásquez "são amigos e compadres".

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Vásquez foi designado por Lobo como gerente da telefonia estatal hondurenha, após passar à reserva das Forças Armadas, há duas semanas.

Zelaya foi deposto pelos militares para impulsionar uma consulta popular orientada a alterar a Constituição, para que ele continuasse no poder. A lei hondurenha proíbe a reeleição presidencial. Ele foi expulso do país após o golpe, mas retornou em segredo e se abrigou na embaixada brasileira em Tegucigalpa durante quatro meses. Após o golpe, a promotoria hondurenha acusou Zelaya por sete delitos, incluindo corrupção, e os tribunais locais abriram um processo in absentia.

Com um salvo-conduto de Lobo, o ex-presidente viajou em janeiro à República Dominicana, onde recebeu tratamento de "hóspede distinto" do presidente dominicano, Leonel Fernández. Lobo assumiu em janeiro para um mandato de quatro anos.

Segundo uma funcionária da presidência hondurenha, María Antonieta Guillén, Lobo firmou um compromisso com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, para que Zelaya possa voltar a Honduras, informou o diário hondurenho La Prensa.

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