O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi detido neste domingo (28) por um grupo de militares, horas antes de o país iniciar uma consulta pública para reformar a Constituição, o que daria ao presidente a possibilidade de reeleição.

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Em entrevista por telefone televisão multi-estatal Telesur, Zelaya disse que foi sequestrado durante a madrugada, levado para a base aérea e embarcado em um avião para San Jose, capital da Costa Rica.

"Um sequestro brutal, feito sem nenhuma justificativa. Romperam os portões, ameaçaram disparar em mim. Me puseram em um veículo, me trouxeram na Força Aérea e me puseram em um avião com militares dentro e me deixaram aqui em San Jose", afirmou.

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A consulta pública foi considerada inconstitucional pelo Parlamento e pelo Suprema Corte de Honduras. "É um processo democrático e participativo. Esse sequestro é uma extorsão ao sistema democrático hondurenho", rebateu Zelaya.

Segundo informações da agência argentina Telam, a programação das emissoras de rádio foi interrompida na manhã de hoje e passou a transmitir apenas música popular local.

Zelaya disse que vai nesta segunda-feira (29) a Manágua, capital da Nicarágua, para uma reunião de chefes de Estado da América Central. O presidente hondurenho comparou seu sequestro tentativa de golpe contra o presidente venezuelano Hugo Chávez, em 2002, e pediu aos colegas de continente que se manifestem pela restituição da ordem e do sistema de direitos em Honduras.