O presidente de Israel, Reuven Rivlin, escolheu nesta quarta-feira, 25, o nome do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para permanecer no cargo após as eleições do dia 17 e tentar novamente formar governo no país.
Netanyahu e seu principal opositor, o general Benny Gantz do partido Azul e Branco, sigla que conquistou a maioria das cadeiras do parlamento israelense, chamado de Knesset, haviam se reunido na segunda-feira com o presidente Rivlin para que tentassem chegar a um acordo para formar um governo de união, onde ambos poderiam se revezar no cargo de primeiro-ministro.
Coalizão entre Bibi e Gantz fracassou
O Likud, partido de Netanyahu, conquistou 32 cadeiras na Knesset ficando atrás do Azul e Branco, com 33. Para formar maioria no governo, é necessário acumular o apoio de 61 dos parlamentares, entre as 120 cadeiras disponíveis.
Considerando as alianças com partidos menores, o Likud ultrapassou o Azul e Branco com o apoio de 55 parlamentares. Mesmo assim, ainda está abaixo do mínimo necessário para obter maioria. Já Gantz conquistou o apoio total de 54 parlamentares.
Gantz estava na frente nas previsões iniciais de apoio, mas três deputados da coalizão de partidos da Liga Árabe, que declarou apoio ao general, foram contra a recomendação das siglas na semana passada e declararam apoio a Netanyahu.
Netanyahu tem seis semanas para formar governo
O primeiro-ministro tem a partir de agora um prazo de seis semanas para angariar mais apoiadores e conseguir formar governo. Caso não consiga, existe a possibilidade da oportunidade ser oferecida a Gantz, ou de novas eleições serem convocadas.
Israel já passou por dois processos eleitorais em 2019. Em abril Netanyahu já havia sido escolhido para formar governo e não conseguiu, levando à dissolução da Knesset. Os resultados no início do ano foram similares aos do pleito de setembro, com Gantz e Netanyahu praticamente empatados.
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