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genocídio

Presidente de Israel fala pela primeira vez de massacre armênio

Neste domingo, pela primeira vez na história, um presidente israelense, neste caso Reuven Rivlin, lembrou o centenário do genocídio armênio que custou a vida de um milhão e meio de pessoas durante a I Guerra Mundial (1914-1918).

“O povo armênio foi a primeira vítima de um massacre em massa moderno. Não pretendemos jogar a culpa em nenhum país em particular mas nos identificamos com as vítimas e o horrível resultado deste massacre”, disse Rivil hoje em Jerusalém durante um encontro com líderes comunitários e espirituais armênios.

Sexta-feira o mundo homenageou o milhão e meio de armênios que morreram pelas mãos do Império Otomano. Hoje Rivlin pediu aos judeus que não esqueçam destas mortes.

“Há duas semanas, o povo judeu celebrou o Dia da Lembrança do Holocausto. Após este horrível Holocausto, lembrar a tragédia do povo armênio é uma obrigação, humana e moral, para o povo judeu”, afirmou Rivlin.

O presidente israelense disse que o mal pode assolar qualquer povo ou grupo e rejeitou o uso “cínico” da linguagem com propósitos políticos.

O representante do Patriarca armênio, o arcebispo Aris Shirvanian, expressou seu mal-estar a Rivlin porque o Estado de Israel não se referiu aos crimes sobre o povo armênio como “genocídio”, e Rivlin reconheceu que os líderes israelenses devem dar mais importância a este episódio.

O cônsul armênio, Tsolag Momjian, qualificou o evento de hoje de “histórico” e apontou que pela primeira vez o parlamento israelense (Knesset), é integrado por dois líderes de sua comunidade, Nachman Shai, da coalizão de centro-esquerda União Sionista, e Anat Berko, do direitista Likud.

“O genocídio armênio não é um caso político mas moral. E quero agradecer ao presidente que tenha criado esta oportunidade histórica de hoje”, destacou Momjian.

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