O presidente de Israel, Shimon Peres, designou nesta sexta-feira (20) que o chefe do partido conservador Likud, Benjamin Netanyahu, para tentar formar o novo governo do país.

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A decisão foi anunciada em comunicado da presidência após encontros de Peres com Bibi e com a líder do centrista Kadima, Tzipi Livni, na última rodada de consultas antes da formação de governo. Peres diz que o Likud obteve o apoio de 65 dos 120 deputados.

O convite formal já foi feito. Netanyahu disse que aceita, com o objetivo de garantir "segurança e paz" para o estado de Israel. Ele também disse que quer trabalhar em conjunto com Livni e também com o Partido Trabalhista.

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Peres recebeu em sua residência oficial, em Jerusalém, os dois dirigentes políticos cujos partidos obtiveram a maior representação parlamentar nas eleições de 10 de fevereiro.

O presidente tentou convencer Livni a participar de um governo de coalizão com o Likud, evitando a criação de um gabinete mais à direita, que pudesse colocar em risco o processo de paz com os palestinos.

Depois da reunião, Livni descartou publicamente a participação de sua formação em um governo dirigido por Netanyahu, apesar de o próprio Bibi ter manifestado essa intenção.

"Esse governo não tem nenhum valor e eu não serviria de garantia dele", disse Livni. Ela disse que seu partido quer uma solução baseada em dois estados -um israelense e um palestino- e que o Likud se opõe a isso.

No pleito, o Kadima que obteve mais cadeiras, 28, uma a mais que o Likud, que, no entanto, conta com apoio de 65 deptados devido a acordos com partidos de extrema-direita e ultraortodoxos.

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Agora, Bibi tem um prazo de seis semanas para formar o novo governo de coalizão e virar premiê.

Palestinos

A Autoridade Palestina do presidente Mahmud Abbas anunciou nesta sexta que não tratará com o próximo governo israelense se este não estiver comprometido com a paz.

"Não trataremos com o governo israelense salvo se aceitar uma solução baseada nos dois Estados, deter a colonização e respeitar os acordos passados", afirmou o porta-voz de Abbas, Nabil Abu Rudeina, logo apos a decisão anunciada por Peres.