Ouça este conteúdo
O presidente de Israel, Isaac Herzog, fez um apelo urgente à comunidade internacional para “condenar veementemente” os atos de violência sexual perpetrados pelo grupo Hamas. Este chamado, feito nesta terça-feira (5) ocorre após a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmar por meio de um relatório que há “base razoável” para acreditar que o Hamas perpetrou abusos e violações sexuais durante os ataques terroristas do dia 7 de outubro e no cativeiro onde ainda estão os demais reféns.
Herzog destacou a importância de reconhecer e agir contra os crimes sexuais sistemáticos e premeditados, que foram detalhadamente documentados no relatório da representante especial da ONU sobre violência sexual em conflitos, Pramila Patten. O relatório revelou evidências claras e convincentes de violações e sugere que tais atos violentos podem continuar ocorrendo contra as vítimas ainda em cativeiro.
O presidente Herzog também reforçou a necessidade de esforços incansáveis para garantir o retorno seguro de todos os reféns, que enfrentam um perigo constante e iminente, conforme demonstrado pelo relatório da ONU.
“O relatório emitido pela Representante Especial da ONU para Violência Sexual em Conflito, Pramila Patten, e sua equipe é de imensa importância. Ele substancia com clareza moral e integridade os crimes sexuais sistemáticos, premeditados e contínuos cometidos por terroristas do Hamas contra mulheres israelenses. O Hamas e seus aliados estão tentando desacreditar o relatório para escapar desta vergonha horrível. Eles não terão sucesso, pois os depoimentos são realmente chocantes. Portanto, agora o mundo deve reagir fortemente, condenando e punindo o Hamas”, escreveu Herzog em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
“Devemos continuar nossos esforços incansáveis para trazer todos os reféns de volta para suas famílias. Como podemos aprender com o relatório, eles estão constantemente sob perigo iminente e claro”, concluiu.
Apesar do reconhecimento pela ONU dos crimes sexuais de Hamas, o ministro de Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou a resposta tardia da organização e convocou seu embaixador na ONU para discutir o silenciamento do relatório. Katz também expressou descontentamento com a falta de ação do secretário-geral da ONU, António Guterres, em declarar o Hamas como organização terrorista e impor sanções.