O presidente israelense, Shimon Peres, se reunirá com líderes dos partidos nesta quarta-feira (17) antes de decidir quem terá o direito de formar um novo governo após eleições que não definiram o novo líder no Parlamento, segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira (17).
A ministra do Exterior, Tzipi Livni, líder do partido centrista Kadima, e o líder do partido direitista Benjamin Netanyahu (Likud) reivindicam assumir o posto de primeiro-ministro depois das eleições de 10 de fevereiro.
O Kadima conquistou 28 dos 120 assentos do Parlamento, contra 27 do Likud. Apesar da vantagem de Livni, Netanyahu comanda o maior bloco de partidários.
Pela lei israelense, Peres nomeia o candidato à premiê. Ele iniciará consultas com membros dos doze partidos eleitos após receber os resultados oficiais das eleições, na quarta-feira à noite, de acordo com seu gabinete.
Primeiro, Peres se encontrará com membros do Kadima e do Likud, e consultará os outros partidos na quinta e sexta-feiras, disse o comunicado.
Peres tem até o dia 25 de fevereiro, de acordo com a lei, para nomear um parlamentar, que se tornará primeiro-ministro se conseguir formar uma coalizão. O candidato tem 42 dias para formar um novo governo e deve, então, conquistar a aprovação do Parlamento.
Livni e seus aliados disseram que não se juntariam a um governo liderado por Netanyahu.
Netanyahu insiste que ele deve ser o primeiro-ministro e diz poder formar um governo sem o Kadima e com o apoio de um bloco direitista de 65 parlamentares.
Parlamentares de esquerda e de centro, possíveis aliados de Livni, conquistaram 55 assentos e nem todos se comprometeram em apoiá-la.
A decisão de Peres pode depender em quem o maior partido direitista, Yisrael Beitenu, com 15 cadeiras, recomendar como premiê. O partido ainda não anunciou sua preferência e tem debatido sobre a escolha.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura