O presidente de Kosovo, Fatmir Sejdiu, renunciou nesta segunda-feira, potencialmente desestabilizando o frágil cenário político antes de negociações com o governo sérvio. A Sérvia ainda não reconhece a independência de sua ex-província.

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Sejdiu aceitou a decisão de um tribunal constitucional na semana passada determinando que ele não pode servir simultaneamente como chefe de Estado e como líder de seu partido político, que é um parceiro no governo de coalizão.

"Eu respeito a decisão do tribunal constitucional", disse Sejdiu em coletiva de imprensa ao anunciar sua renúncia como presidente, que é eleito pelo Parlamento. "Nesses anos eu trabalhei para que a República de Kosovo tivesse instituições democráticas."

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Ex-professor de direito de 58 anos, Sejdu foi eleito presidente pela segunda vez em 2008, mas continuou na direção da Liga Democrática do Kosovo (LDK). A LDK é o segundo maior partido do governo de coalizão do primeiro-ministro Hashim Thaci.

A renúncia demonstra as crescentes dificuldades enfrentadas por Kosovo, que declarou independência da Sérvia em 2008 apesar de o país já ter perdido o controle da província nove anos antes.

Em uma grande mudança de posição política, a Sérvia informou no início do mês que negociaria com Kosovo sobre questões práticas em relação ao país, cuja independência não reconhece.