O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse neste sábado que porá seus recursos à disposição do Líbano para auxiliar o país a superar os ataques israelenses que estão devastando o país. A promessa foi feita por telefone ao presidente libanês Emile Lahoud por telefone.
A agência de noticias oficial, Sana, disse que Assad expressou sua solidariedade com o Líbano, que sofre com a morte de mais de cem pessoas causadas pelos ataques israelenses desde que o Hezbollah capturou dois soldados israelenses numa operação de cruzamento de fronteira na quarta-feira.
Esta foi a primeira declaração de Assad desde que se iniciou a confrontação entre Israel e o Hezbollah, que recebe o apoio da Síria e do Irã. No entanto não há informações se os dois presidentes conversaram sobre o Hezbollah e nem há detalhes sobre o tipo de ajuda oferecida.
O partido oficialista Baath disse em um comunicado na sexta-feira que a Síria aprovava completamente o Hezbolla, embora Washington tivesse afirmado que Damasco deveria pressionar o grupo militante pela libertação dos soldados israelenses, cessando os ataques à fronteira.
O apelo dos EUA ao governo sírio pela intervenção junto ao Hezbollah foi reforçado neste sábado por um pronunciamento do próprio presidente George W. Bush. De São Petersburgo, onde participa da reunião do G8 Bush pediu à Síria que exerça sua influência junto ao Hezbollah para que deponham as armas.
De acordo com a rede de TV CNN (Cnn.com), Bush atribuiu a responsabilidade pelo recrudescimento da violência entre Israel e o Hezbollah no Líbano ao grupo armado e a seus apoiadores em Damasco, justificando a reação de Israel:
"A melhor forma para cessar a violência é compreender porque a violência ocorre em primeiro lugar. E ocorre porque o Hezbollah vem lançando mísseis a partir do Líbano em direção a Israel, e porque o Hezbollah capturou dois soldados israelenses", disse Bush, durante uma entrevista aos jornalistas presentes ao encontro do G8, em São Petersburgo.