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A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse neste domingo (10), durante as comemorações do Dia Nacional taiwanês, que o país “não se curvará à pressão” e não “seguirá o caminho traçado pela China” para a ilha, que desde 1949 é administrada separadamente da China continental, mas é considerada por Pequim uma extensão do país a ser reincorporada um dia.
Nos últimos dias, a tensão entre os dois países tem aumentado, com a China enviando dezenas de aviões de guerra para a zona de defesa aérea de Taiwan. No sábado (9), o ditador da China, Xi Jinping, afirmou que “a reunificação completa do país pode e será conseguida”.
“A reunificação nacional por meios pacíficos é do interesse geral da nação chinesa, incluindo nossos compatriotas de Taiwan”, acrescentou Xi, mencionando que a estrutura “um país, dois sistemas”, aplicada em Hong Kong e Macau e que prevê autonomia em várias áreas, é uma opção para a ilha.
Neste domingo, Tsai respondeu que “não deve haver absolutamente nenhuma ilusão de que o povo taiwanês se curvará à pressão”. “Continuaremos a reforçar nossa defesa nacional e demonstrar nossa determinação em nos defender para garantir que ninguém possa forçar Taiwan a seguir o caminho que a China nos traçou”, afirmou a presidente.
“Isso ocorre porque o caminho traçado pela China não oferece um modo de vida livre e democrático para Taiwan, nem soberania para nossos 23 milhões de habitantes”, apontou Tsai.