O presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, do Partido Nacionalista (Kuomintang), próximo da China, afirmou que conseguiu a reeleição na disputa eleitoral deste sábado (14). A notícia será vista com alívio por Pequim e pelos EUA, já que dessa maneira está aberto o caminho para o prosseguimento da melhoria nas relações bilaterais entre os vizinhos asiáticos e no Estreito de Taiwan, foco de divergências entre a China e os norte-americanos.

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Ma, que deveria ter uma disputa bastante acirrada com Tsai Ing-wen, candidata do Partido Progressista Democrático, visto como mais pró-independência em relação à China, saiu-se melhor que as expectativas. Com 98% dos votos apurados, segundo a comissão eleitoral, Ma estava com 6,77 milhões de votos, ante 6 02 milhões de Tsai. Analistas previam que o terceiro colocado, James Soong, roubasse votos importantes do presidente, mas Soong ficou com apenas 363.434 votos, bem abaixo do esperado.

As relações entre Taipé e Pequim melhoraram desde a posse de Ma, em 2008. Em junho de 2010, os dois lados firmaram um acordo de comércio histórico, que reduz tarifas para mercadorias e as restrições aos investimentos. Ma também liderou acordos permitindo que turistas chineses visitem Taiwan e abriu voos diretos entre a ilha e a China.

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"Minha vitória mostra que o povo em Taiwan concorda com nosso esforço para lutar por relações pacíficas através do Estreito", afirmou Ma a seus partidários. "Eu acredito que as relações serão mais harmoniosas e de mais confiança daqui para frente."

Pequim considera Taiwan parte de seu território e não escondeu a preferência pelo atual líder. O país evitou, porém, declarações fortes em favor de Ma, para não ser acusada de interferência indevida, o que poderia ter efeito oposto ao desejado, favorecendo a oposição. Ma assume seu segundo mandato em 20 de maio. Em Taiwan, os presidentes podem seguir no poder por no máximo dois mandatos. As informações são da Dow Jones.

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