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Polônia

Presidente decreta luto nacional após tragédia

O presidente da Polônia Lech Kaczynski decretou luto oficial no país após a morte de 66 pessoas no desabamento do teto de um centro de convenções da cidade polonesa de Katowice. Chefes das equipes de resgate afirmam ser quase nulas as chances de ainda encontrar alguém, vivo ou morto, sob os escombros.

- A probabilidade de que ainda haja vítimas aqui embaixo é muito baixa - afirmou Kazimierz Krzowski, chefe regional da equipe de bombeiros.

O presidente confirmou, em entrevista coletiva, que duas crianças e dois estrangeiros, um deles alemão, estão entre os mortos. Kaczynski também afirmou esperar que não haja mais vítimas fatais.

- De acordo com os dados atuais, que não devem mudar, houve 66 fatalidades, incluindo duas crianças e dois estrangeiros entre os mortos - disse.

Pouco antes da retomada dos trabalhos de resgate neste domingo, socorristas chegaram a dizer que o número de vítimas fatais poderia chegar a cem, e confirmaram no início da tarde que já não eram ouvidos gritos sob os destroços do pavilhão de exposições.

De acordo com o presidente, pelo menos 128 pessoas feridas continuam internadas em hospitais próximos, sendo duas pessoas em estado grave. Segundo autoridades de saúde, 14 estrangeiros estão entre os feridos no desastre que está sendo considerado o pior da história do país desde a queda de um avião nas proximidades de Varsóvia, em 1987, matando 183 pessoas.

Entre 500 e mil pessoas estavam no pavilhão, onde acontecia uma exposição de pombos-correios. O teto teria desabado sob o peso da neve. O primeiro-ministro polonês, Kazimierz Marcinkiewicz, interrompeu as férias de inverno para ir a Katowice acompanhar as operações de resgate e visitar feridos nos hospitais. O governo anunciou a criação de uma comissão para investigar as causas da tragédia.

Durante a noite de sábado, a temperatura caiu para menos 15 graus Celsius, reduzindo as esperanças das equipes de resgate. As equipes encontraram dificuldade para chegar às pessoas soterradas porque houve risco de mais deslizamentos. A retirada de todos os escombros pode levar dias.

A tragédia da Polônia ocorre em circunstâncias muito semelhantes ao desabamento que chocou a Alemanha no início do mês, quando o teto de um rinque de patinação desabou. Num dos invernos mais rigorosos em décadas na região, a causa também foi o peso da neve. Quinze pessoas morreram - 12 delas, crianças e adolescentes.

Na Polônia e boa parte da Europa, onde as temperaturas baixaram a 30 graus Celsius negativos. O frio matou mais de 100 pessoas na região, acentuou as disputas internacionais em torno do fornecimento de gás, está prejudicando os transportes e mantendo congelada parte do Mar Negro.

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