O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, vai pôr fim ao período de quatro meses que passou na Embaixada do Brasil e sair do país na próxima semana, quando seu mandato terminaria, disse um assessor nesta quinta-feira (21).
Zelaya, que foi derrubado em um golpe em 28 de junho, aceitou um acordo apoiado pelo governo da República Dominicana para viajar até o país caribenho, disse seu assessor Rasel Tomé à Rádio Globo.
Tomé disse que Zelaya continuaria politicamente ativo, mas que sair do país vai pôr fim efetivamente à sua carreira como um líder significativo em Honduras.
"Em 27 de janeiro há uma saída... A saída não será permanente, vamos voltar ao país para continuar esses processos com o povo hondurenho", disse Tomé.
Zelaya não conseguiu voltar ao cargo e reverter o golpe, apesar do apoio dos Estados Unidos e de muitos países latino-americanos.
O acordo, assinado pelo presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, estipula que Zelaya, seus familiares e seu círculo de assessores possam entrar na República Dominicana depois que Lobo assumir o poder, na próxima quarta-feira.
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