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O presidente ucraniano Viktor Yanukovich destituiu de seus cargos hoje o prefeito de Kiev, Oleksandr Popov, e o vice-secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, Vladimir Sivkovich.A destituição foi uma resposta ao indiciamento de Popov, Sivkovich e outros dois altos funcionários ucranianos (os chefes de polícia Valeri Koriak e Piotr Fedchuk) pela Procuradoria-Geral.

Eles foram indiciados por abuso de poder e violência policial na dissolução de um comício pacífico da oposição na praça da Independência, na capital, no dia 30 de novembro. Na ocasião, cerca de 35 manifestantes ficaram feridos, e sete tiveram que ser hospitalizados.

A punição às autoridades responsáveis por ordenar a dissolução violenta da manifestação do dia 30 é parte das reivindicações da oposição pró-europeia, que exige também a destituição do governo e a realização de eleições parlamentares e presidenciais antecipadas.

A Ucrânia, que atravessa dificuldades econômicas e financeiras, recusou-se a assinar, no mês passado, um plano de associação com a União Europeia que previa o elaboração de um acordo de livre comércio, alegando que uma crise com Moscou provocaria perdas econômicas ao país.

Praças ocupadas

Hoje, 10 mil manifestantes que apoiam o governista PR (Partido das Regiões) se reuniu na praça Europa, em Kiev, a cem metros da praça da Independência, o quartel-general dos maciços protestos antigovernamentais que começaram há mais de três semanas.

A fim de prevenir enfrentamentos entre os que se manifestam a favor e contra o governo, a polícia bloqueou com ônibus e caminhões a avenida Kreschatik, que une essas duas praças da capital ucraniana.Nikolai Azarov, primeiro-ministro da Ucrânia, instou os manifestantes a retornar a seus lares. "O resto do país vive e trabalha normalmente", declarou o chefe do governo, perante seus partidários e um mar de bandeiras ucranianas e azuis, a cor da formação governista.

Já a praça da Independência se encontra repleta de enormes tendas de campanha militares que acolhem os ativistas instalados ali há mais de três semanas, entre um mar de bandeiras nacionais, europeias e dos partidos opositores, assim como cartazes.

"Se acontecer alguma provocação, posso assegurar que será organizada pelas autoridades", disse à imprensa o ex-ministro de Defesa e deputado opositor Anatoli Gritsenko, que acrescentou que "a situação dentro da praça da Independência é de maior segurança que fora dela".

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