Um "erro de procedimento" num banco do Vaticano está sendo explorado para atacar a Santa Sé com uma investigação sobre lavagem de dinheiro, disse o presidente do banco em entrevista publicada nesta quarta-feira (22).
Autoridades financeiras do Estado católico estão sendo investigadas por suspeita de violar as regras europeias contra a lavagem de dinheiro. A polícia italiana já congelou contas com 23 milhões de euros (US$ 30,2 milhões), disseram fontes judiciais italianas na terça-feira.
O presidente do banco, Ettore Gotti Tedeschi, disse ao jornal financeiro "Il Sole 24 Ore" que se sente humilhado pela investigação, e que tudo está girando em torno de um equívoco.
"Um erro de procedimento está sendo usado com desculpa para atacar o instituto, seu presidente e o Vaticano em geral", disse Gotti Tedeschi, que dirige o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), nome oficial do banco.
Segundo ele, o erro em questão foi "uma operação normal de tesouraria, que envolveu uma transferência de contas do Banco do Vaticano para outras contas do Banco do Vaticano."
Ele acrescentou que nos últimos dez meses o banco "vem adaptando todos os seus procedimentos internos para estarem em harmonia com os padrões internacionais de transparência."
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