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O presidente do Banco Central de Israel, Stanley Fischer, cogita apresentar sua candidatura à di­­reção-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo o Wall Street Journal. O jornal americano ouviu uma fonte ligada a Fischer, que disse que ele teria chances ao cargo se houver um impasse na votação.

A ministra das Finanças francesa, Christine Lagarde, é apontada como favorita, mas enfrenta resistência de países emergentes.

Lagarde sinalizou ontem, se­­gundo o Financial Times, com uma divisão mais justa de cargos no FMI, o que indica que emergentes poderão ocupar posições mais altas no Fundo.

Apesar de ser um economista respeitado pelas lideranças econômicas que irão tomar a decisão sobre a sucessão no FMI, Fischer também não está livre de sofrer objeções políticas por ser um ci­­dadão israelense. Ele nasceu na África e também tem cidadania americana.

O Wall Street Journal cita, po­­rém, que até George Abed, representante palestino do Fundo, clas­­sificou Fischer como "o mais qualificado de todos os candidatos’’.

O jornal lembra também que são os Estados Unidos o fiel da balança na escolha do líder do FMI, por ter a maior quantidade de cotas que dão direito a voto. E o governo de Barack Obama ainda não manifestou apoio a La­­gar­­de. Mas também não está claro se poderia apoiar Fischer.

Em entrevista, Lagarde reconhece a reclamação de emergentes por mais espaço no Fundo.

"Precisamos de representação apropriada na equipe de alto ní­­vel baseada no mérito, de várias nacionalidades e experiência acadêmica’’, disse ela.

Lagarde

A candidata francesa estará no Brasil na segunda-feira para buscar o apoio brasileiro na disputa. Ela vai almoçar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e se en­­contrar com o presidente do Ban­­co Central, Alexandre Tombini.

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