O presidente do Bundestag - a câmara baixa alemã -, Norbert Lammert, foi acusado na Internet de ter plagiado parte de sua tese de doutorado, fato que já gerou a renúncia de dois ministros do governo de Angela Merkel na Alemanha.
Lammert rebateu as acusações e, em declarações ao jornal Die Welt, o primeiro a publicar a notícia, anunciou que pediu para Universidade de Bochum revisar e comprovar a tese que foi apresentada nesse centro nos anos 70.
No entanto, as acusações chegaram às páginas de todos os jornais do país, já que quem denunciou esse suposto plágio, sob o pseudônimo de Robert Schmidt, foi o mesmo que acusou ex-ministra de Educação e Ciência Annette Schavan de ter copiado parte de sua tese.
Annette Schavan, uma das mais estreitas colaboradoras de Angela Merkel, renunciou em janeiro depois que a Universidade de Düsseldorf invalidasse o título de doutora que havia conseguido 33 anos antes. Na ocasião, o centro considerou provado que ela tinha incluído no texto "de forma sistemática e premeditada" um trabalho intelectual que não era seu.
Em março de 2011, por esse mesmo motivo, o então ministro da Defesa, Karl Theodor Zu Guttenberg, que teve o título de doutor caçado pela Universidade de Bayreuth pelas inúmeras entrevistas plagiadas descobertas em sua tese.
Já Lammert, também membro da União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel, é acusado de incluir em 42 páginas de sua tese passagens de outros textos sem citar as fontes adequadamente.
O trabalho do presidente do Bundestag, nomeado doutor em 1975 pela Universidade de Bochum, versa sobre a organização interna dos partidos políticos em nível local.