O presidente do Egito Mohamed Mursi cancelou o decreto que dava a ele amplos poderes e que desencadeou violenta reação, mas não suspendeu o referendo marcado para este mês sobre uma nova constituição.
Os apoiadores islâmicos de Mursi insistem que o referendo deve ser mantido no dia 15 de dezembro, alegando que ele é necessário para completar a transição democrática, depois da queda de Hosni Mubarak quase dois anos atrás.
Ahmed Said, um dos líderes da oposição no Egito, disse que a decisão de manter o referendo era "chocante" e pode aprofundar a crise política. "Eu não consigo imaginar que depois de tudo eles queiram passar uma constituição que não representa todos os egípcios", disse Said, presidente do partidos dos Egípcios Livres.
O anúncio de que Mursi cancelaria eu decreto de 22 de novembro ocorreu depois de conversas no sábado que avançaram a noite no palácio presidencial.