O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, afirmou neste sábado que os ataques na Península do Sinai são parte de uma "conspiração estrangeira" e que a presença militar na região será mantida por um longo período.

CARREGANDO :)

Em discurso televisionado, al Sisi disse, após os ataques que mataram 31 soldados ontem, que há um "apoio estrangeiro blindado" por trás dos atentados, destinados a "romper a vontade do povo egípcio".

Segundo ele, o Egito está sendo alvo de uma conspiração que começou, inclusive, antes de 3 de julho de 2013, quando o ex-presidente islamita Mohammed Mursi foi derrubado pelo exército.

Publicidade

Para ele, o verdadeiro perigo é que alguém se infiltre nas instituições egípcias, atrapalhando o processo de libertação de uma "guerra existencial" vivida pelo país.

Por isso, ele pediu unidade aos cidadãos e reiterou que seu objetivo atual é recuperar a posição do Estado.

Al Sisi defendeu as operações feitas pelas forças de segurança contra o terrorismo no Sinai e avaliou que a ofensiva "se prolongará e não terminará em um ou dois meses",

Ele também justificou as medidas excepcionais declaradas ontem em várias partes do norte do Sinai: a declaração do estado de emergência, o toque de recolher e o fechamento da passagem de Rafah, na fronteira com Israel.

O presidente também decretou três dias de luto nacional após a morte dos 31 soldados no combate, que começou com a explosão de um carro-bomba contra um posto militar e desencadeou uma série de enfrentamentos entre as tropas egípcias e homens armados.

Publicidade

Desde a deposição de Mursi, a Península do Sinai se transformou em um foco de instabilidade e palco de ataques contra forças da ordem egípcia.

No último domingo, pelo menos sete policiais morreram e outros quatro ficaram feridos em Al Arish após a explosão de dois artefatos colocados em veículos blindados.