O presidente do Equador, Daniel Noboa| Foto: EFE/José Jácome
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O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse nesta terça-feira (30) em entrevista à emissora de televisão Ecuavisa que não reconhecerá o resultado das próximas eleições na Venezuela, que ainda não foram marcadas, "já que não serão eleições livres".

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No último sábado (27), o governo do Equador criticou a desqualificação política confirmada na última sexta-feira (26) pelo Supremo Tribunal da Venezuela da candidata presidencial da oposição, María Corina Machado.

"O Equador rejeita a confirmação do Supremo da Venezuela de desqualificar María Corina Machado, líder opositora e vencedora das eleições primárias de outubro de 2023, de ocupar cargos públicos por 15 anos", declarou o Ministério das Relações Exteriores do Equador no sábado em sua conta no X (antigo Twitter).

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“Essa decisão é contrária ao espírito dos acordos de Barbados, com o objetivo de facilitar a realização de eleições democráticas e transparentes na Venezuela", acrescentou o órgão.

O regime venezuelano disse que o caso de Machado está "transitado em julgado", mas também afirmou que “permanecerá na mesa de diálogo com a oposição”, que o acusa de ter violado os acordos assinados em Barbados em outubro do ano passado.

Na última terça-feira (23), Noboa rejeitou a oferta de Maduro, feita a ele dias atrás, de buscar a cooperação em segurança da Venezuela em vez da assistência dos EUA.

"Obrigado, mas não, obrigado. Essa é a minha resposta. Já tenho lutas suficientes aqui neste país para acrescentar mais uma. Eu simplesmente não quero. Muito obrigado", disse Noboa.

O presidente equatoriano respondeu ao conselho dado por Maduro em sua última fala ao Parlamento venezuelano para aprender com as “experiências” da Venezuela contra as facções criminosas.

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"Presidente Noboa, se você quer ter um sistema de segurança e um sistema penitenciário, olhe para nós, não para o Comando Sul. O que o Comando Sul vai fazer é intervencionismo e colonialismo", disse Maduro.

Na semana passada, uma delegação de altos funcionários do governo dos Estados Unidos visitou o Equador para coordenar a ajuda que o governo do presidente Joe Biden dará ao país para enfrentar o conflito armado interno, que declarou contra o crime organizado.

Noboa afirmou que o apoio dos EUA para enfrentar essa guerra declarada contra as organizações criminosas se concentrará em equipamentos, treinamento, inteligência, proteção de portos e fronteiras e identificação das fontes de financiamento dos grupos narcoterroristas. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]