Vários protestos foram realizados nesta terça-feira (26) no Equador contra o aumento nos preços dos combustíveis. Na semana passada, devido à convocação das manifestações, o presidente Guillermo Lasso havia anunciado um decreto para congelar o preço da gasolina extra em US$ 2,55 e o do diesel em U$ 1,90. Porém, os movimentos sociais mantiveram os protestos, para reivindicar que os valores sejam fixados em US$ 2 e em US$ 1,50, respectivamente.
Em entrevista coletiva no início da noite, os ministros de Governo, Alexandra Vela, e da Defesa, Luis Hernández, avaliaram que as manifestações na maior parte foram pacíficas, mas informaram que 37 pessoas foram presas por fechar estradas, cinco policiais foram feridos e dois membros das Forças Armadas foram retidos por uma comunidade no setor de Atahualpa, a noroeste de Quito.
Segundo o jornal El Universo, os ministros apontaram que o único momento de violência ocorreu na Praça de Santo Domingo, no centro histórico de Quito, que teria sido provocado por um grupo de cerca de 50 jovens que pertenceriam ao movimento Guevarista.
Nos últimos meses, os preços dos combustíveis subiram mais de 40% no Equador em virtude de um sistema de faixas de preços estabelecido pelo ex-presidente Lenín Moreno. Uma tentativa de eliminar subsídios gerou protestos em 2019, nos quais pelo menos seis pessoas morreram e mais de 1,5 mil ficaram feridas. Moreno recuou, mas, meses depois, com o preço do petróleo baixo devido à Covid-19, criou um sistema de flutuação que teve efeito semelhante.
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