O presidente do Iêmen acusou no sábado a oposição de arrastar o país para uma guerra civil, num momento que os iemenitas se juntam em uma série de manifestações contrárias ao seu regime.

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Em discurso na capital Sanaa, Ali Abdullah Saleh pediu que a juventude do Iêmen forme um partido político de acordo com a Constituição e disse que o país árabe não aceitará qualquer tutela "seja ela qual for".

"Eles (a oposição) querem arrastar a região para uma guerra civil, e nos recusamos a sermos arrastados para uma guerra civil", disse Saleh.

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"A segurança, proteção e estabilidade são do interesse do Iêmen e do interesse da região", disse.

As manifestações no Iêmen, inspiradas por levantes que derrubaram os líderes do Egito e da Tunísia, chegam agora ao terceiro mês e levam dezenas de milhares de pessoas para as ruas quase todos os dias. Elas exigem o fim da pobreza endêmica e da corrupção.

Vários manifestantes já foram mortos.

Reconhecendo que os estudantes do Iêmen seguem os exemplos do Egito e da Tunísia, Saleh disse que havia uma "enorme diferença" no Iêmen, mas acrescentou que seu governo atenderá as exigências dos estudantes dentro da estrutura da Constituição e da lei.

Até 90 por cento das lojas, mercados e escolas estavam fechadas na cidade portuária de Áden, no sul do país, disse uma testemunha da Reuters. Havia somente alguns pedestres nas ruas e quase nenhum carro.

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