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conflito

Presidente do Iêmen é ferido em ataque a palácio, diz diplomata

O presidente iemenita Ali Abdullah Saleh ficou levemente ferido após morteiros atingirem seu palácio em Sanaa na sexta-feira, disse um diplomata ocidental, enquanto o Iêmen se encaminha para uma guerra civil.

Combates acirrados dominaram a capital iemenita, onde os moradores se abrigaram em suas casas enquanto explosões sacudiam a cidade.

O importante diplomata em Sanna disse que o primeiro-ministro, seu vice, o presidente do Parlamento e outros altos assessores ficaram feridos no ataque. Quatro seguranças teriam morrido.

"O presidente está bem e vai discursar para o povo em uma hora; algumas autoridades sofreram ferimentos leves," disse à Reuters o vice-ministro da Informação, Abdu al-Janadi.

Uma estação de TV da oposição iemenita, a Suhail, divulgara anteriormente que Saleh teria morrido no ataque de morteiros contra a mesquita do palácio.

O Iêmen vem mergulhando rapidamente em uma guerra civil esta semana, com forças da confederação tribal Hashed combatendo tropas ainda leais a Saleh na capital e em outras partes do país.

Mais de 370 pessoas foram mortas, pelo menos 155 delas nos últimos dez dias, desde que um levante popular começou em janeiro contra os quase 33 anos de Saleh no poder.

Antes do ataque ao palácio, manifestantes tinham desfilado com os féretros de 50 pessoas que afirmaram ter sido mortas pelas forças de Saleh.

Combates intensos também se espalharam pela primeira vez para a parte sul de Sanaa, uma área dominada por forças leais a Saleh. É possível que o fato assinale um momento de virada no conflito.

Explosões foram ouvidas na cidade de Taiz, no sul do país, onde a ONU disse que investiga relatos de que 50 pessoas teriam sido mortas desde o domingo.

Dois policiais foram mortos em um ataque de granada impelida por foguete, disseram funcionários médicos, depois de forças de segurança terem disparado pela manhã contra manifestantes que se reuniam para as orações da sexta-feira.

Crescem os temores de que o Iêmen --que abriga uma ala da Al Qaeda conhecida como AQAP e faz fronteira com a Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo-- possa implodir e tornar-se um Estado falido que possa gerar riscos para a segurança e o suprimento de petróleo globais.

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