O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, pediu em seu retorno a Sanaa, nesta sexta-feira, após uma ausência de três meses, uma trégua e diálogos para encerrar a crise política no país, disse um funcionário da presidência.
"A presidente pede a todas as partes políticas e militares que cheguem a uma trégua e um cessar-fogo", disse o funcionário. Para Saleh, "não há alternativa ao diálogo e às negociações para acabar com o derramamento de sangue e resolver a crise".
Saleh estava havia três meses internado na Arábia Saudita, onde foi se tratar de ferimentos recebidos após a explosão de uma bomba colocada em uma mesquita existente no interior do palácio presidencial.
Saleh, que desde janeiro vinha enfrentando grandes protestos de populares nas ruas, exigindo sua renúncia, foi hospitalizado em Riad no dia 4 de junho, um dia após o ataque. O retorno do presidente a Sanaa ocorre num momento em que a violência assola a capital do país, com pelo menos 100 pessoas mortas em confrontos desde domingo entre homens ligados ao líder tribal Sadek al-Ahmar, que faz oposição ao regime, e os partidários de uma autoridade tribal ligada ao presidente Saleh, Saghir ben Aziz.
A violência piorou esta semana no país, com os confrontos entre partidários e opositores de Saleh deixando quase 100 mortos. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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