O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta sexta-feira que a existência de Israel, que chama de "regime sionista", ameaça o mundo islâmico. Em conferência sobre a questão palestina, ele disse que Israel é uma "ameaça constante e sem controle para os países da região e para além dela. "A declaração veio logo depois de ele anunciar o controle do ciclo de enriquecimento de urânio para usinas nucleares. Apesar disso, ele não disse, como no passado, que Israel deve ser varrida do mapa.

CARREGANDO :)

Ele sugeriu aos "palestinos verdadeiros", sejam muçulmanos, cristãos ou judeus que residam na Palestina ou na diáspora, que realizem um referendo para determinar que regime político desejam.

Em fevereiro, o ministro do exterior Manouchehr Mottaki disse que o comentário sobre Israel tinha sido mal interpretado, que ele se referia à remoção do regime israelense e não do próprio país.

Publicidade

O presidente Ahmadinejad é um conservador religioso, ex-integrante dos Guardas Revolucionários, que subiu ao poder no ano passado. O anúncio, na terça-feira, de que o país enriquecera urânio para usinas nucleares e desejava controlar o ciclo completo, tocou um alarme nas nações mais poderosas do planeta, temerosa da ameaça de uma eventual bomba islâmica.

Não houve reação imediata de Israel, mas o primeiro-ministro Ehud Olmert, declarou no passado que Ahmadinejad era anti-semita e que o programa nuclear iraniano devia ser detido a qualquer custo.

Ahmadinejad questionou repetidas vezes o massacre de judeus pela Alemanha nazista na segunda guerra, que considera um mito. Nesta sexta ele voltou ao tema: "Seriam menores as conseqüências do estabelecimento deste regime do quer as do holocausto que vocês alegam? Se há dúvidas em relação ao holocausto, não há uma sequer quanto ao desastre e ao holocausto palestino."

Veja também
  • EUA já se dizem céticos sobre solução pacífica para crise com Irã
  • Irã diz que vai ignorar apelos para suspender atividade nuclear
  • Irã diz que tem direito à tecnologia nuclear